O Cabritinho do Natal

 

O Cabritinho do Natal

 

É quase véspera de natal

E no vizinho ao lado

Um cabritinho berra desesperado

Pressentindo que vão lhe fazer mal

Adivinhando que vai ser imolado.

 

No entanto eu daqui deste outro lado

Procuro enfeitar o meu vaso de flores

Trabalhando humildemente e calado,

Porém o cabritinho esvaziando-se de dores

Me deixando muito triste e acabrunhando.

 

Gostaria muito de poder acariciá-lo

Porém não posso sequer socorrê-lo,

Me sentindo de certa forma culpado,

Porque ele esta morrendo de medo,

Clamando para que alguém vá ajudá-lo

 

Entrei para dentro da minha casa,

Escutando o clamor do animalzinho,

Enquanto escrevo esse poema a vida passa,

E a morte se aproximando do cabritinho

Para judiar desse mansinho bichinho.

 

Porque essa tamanha malvadeza

Com um bichinho tão bom e mansinho,

Me lembro quando pastor meu rebanho cuidava com presteza,

Amando-os com imenso carinho,

E hoje triste sinto pena desse pequeno bichinho.


Contatos

Ramóm Eirín Cancela



Crie o seu site grátis Webnode