O Pastor
O Pastor
Num passado distante, quando eu era pequenino
Caminhava juntinho do meu rebanho,
Cantando de alegria como um feliz menino,
Apascentando as ovelhas os vitelos e os cavalos,
Me sentindo querido pelos meus, contente e alegrinho.
Hoje eu sinto que aquele era em verdadeiro o paraíso,
Contemplando as arvores, os riachos e os passarinhos,
Escutava as perdizes a cacarejar junto com os filhotinhos,
O meu cachorrinho a brincar entre os salgueirinhos,
Enquanto os raios de Sol reluziam nas pedras de meu caminho.
Me sentia como se eu fosse o rei desse universo,
E de fato me sentia muito alegre e orgulhoso,
E quando notava que o rebanho estava disperso,
Voltava a reuni-lo com aquele jeitinho amoroso,
Como se fosse uma mãe cuidando de um filho ardoroso.
Os passarinho a cantar constante e alegremente,
Parecendo uma bonita ou linda trova sem fim,
Os ventos perfumados pelas flores sopravam suavemente,
Acompanhando aquela sinfonia de cantos mil,
Parecendo revelar a alegria do Deus Onipotente.
Oh! Como eu era deveras muito feliz
Sentia meu coração a borbulhar de alegria.
Mesmo sendo nesse mundo apenas um pequeno aprendiz,
Notava que em minhas veias o sangue suave corria,
Nutrindo-me de muita paz harmonia e amor.
Como eu sinto aquelas saudades de outrora
Me despojaria de tudo para voltar aquela vida querida,
Ver os picos do montes dourados, pela aurora,
Caminhar livremente, esquecendo esta vida perdida,
Sentir o palpitar sereno de um paz duradoura.
E! Todas as noites ao acostar-me na cama,
Volto-me para dentro de mim relembrando
Os momentos felizes de outrora na montanha
Lembrando aquele meu rebanho ruminando,
Olhando para mim como seu pastor querido e amado.
Sinto muitas saudades daqueles tempos lindos,
Carregando minha mochila e a bota de vinho,
Com uma varinha na mão e um cachorrinho latindo,
Subia alegremente aquele comprido e difícil caminho,
Para apascentar o meu rebanho junto do meu cavalinho.