O Semelhante

 O Semelhante

 

Quanto mais eu procuro me achegar ao semelhante

Sinto-me distanciar-me da bela mãe natureza

 Acho-me como se fosse um andarilho errante

Notando em mim aquela profunda tristeza.

 

Pobreza que onera tremendamente o meu espírito

Impedindo-o de crescer para os altos céus

Usurpando-me o direito ao reino infinito

O qual Deus criou com amor para os filhos seus.

 

Sinto que a energia se vai deste meu ser

Deixando-me morrer de inanição espiritual

Nem sequer água eu sinto prazer em beber

Porque me sinto muito afastado do Pai Celestial.

 

Quero retornar aquele lindo caminho da natureza

Porque é lá que o grande Pai vive a me esperar

Eu sei que lá serei a verdadeira realeza

E no meu peito a alegria se fará borbulhar.

 

Pai! Lá vai o seu filho prodigo que estava perdido

Que te encontrou na escuridão dessa imensa solidão

Hoje humildemente chego até contrito e arrependido

Porque como os pais ao teu filho destes o glorioso perdão.


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